quinta-feira, 10 de abril de 2014

haikai da maria i

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Do meu próprio punho

Do meu próprio punho
da minha própria cabeça pensante
no instante mesmo
em que me vejo
mais uma vez
pensando em tanta coisa
que quero
preciso
desejo
lhe falar com palavras escritas
ditas
ditadas com o coração
pensadas com a cabeça prenhe de ideias

dizer da delícia que é
ser sua
ter o seu amor
a sua companhia
dormir sentindo o calor do seu corpo
colado ao meu
acordar e ver que a realidade se impõe
além do sonho
e você, ainda a dormir,
está mesmo
de carne e osso
ali ao lado

sentir sua respiração calma
ver sua expressão serena, tranquila
de alguém totalmente entregue ao sono
confiante no amor de alguém
com quem divide a cama, a noite, a vida

Vida a que
você trouxe sorriso
alegrou

Vida a que
você deu cor
coloriu

Vida a que
você deu luz
iluminou


SOBRE A ARTE
A arte não tem compromisso com a sanidade
A arte é a loucura que se manifesta
Em tons, cores e formas
como frutos dos desvarios
de mentes em delírio.


A arte não tem compromisso com a realidade
a arte é a manifestação do sonho
passado vivido sentido
no limiar da loucura em que mergulha
o gênio no ato de criar


a arte não tem compromisso com a verdade
a arte é a mentira travestida
contada em verso proza
esculpida em pedra
reinventada em cores
dores ardores amores
no ato de criar






Amável Sobrinha

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