“eu venho das dunas brancas, onde eu queria ficar”
Eu venho do alto da serra
De algum lugar
Eu venho do mar
Sou o que sou
Não posso negar
E o que quero ser
Eu vou lá buscar
Eu sou aéreo
Eu me quero lépido
Faço da vida um brinquedo sério
Trato de me esbaldar
Ser a natureza bruta
Não me assusta
Vivo a vida na medida justa do prazer
Eu sou no fundo emoção
Sou da noite a canção
Sou sensível pra valer
Sou o que tinha de ser
Sou do luar o clarão
Sou das estrelas a atração
Sou do mar o mistério
Eu sou etéreo
Sou do tempo o instante
Sou transitório sou errante
Sou de hoje sou de antes
De natureza intrigante
Sou da rosa o olor
Do sol o esplendor
Do vento sou o furor
Sou do sertão o clamor
Do litoral sou frescor
Sou da guerra o pavor
Sou da paz defensor
Sou de tudo capaz
Quando me apraz
Sou do coração o amor
Sou do corpo o calor
Do sexo o tesão
A loucura e a paixão
Da vida sou a razão
Ao barro do chão
Ao fundo da terra
Vou retornar
Adubar e florescer
Numa nova velha ilusão
Numa velha nova canção
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